30 de jun. de 2011
Recorte de página
Este Blog Vale Ouro
22 de jun. de 2011
Na íntegra!
Perdemos pessoas, e esta é a mais expressiva perda que sofremos - deixa marcas, vazios, abismos, e uma dor irremediável. Pela morte somos forçados a aceitar a ausência de quem amamos, considerando que a maioria de nós não saiba lidar bem com esta partida. Quando as pessoas se vão de nossas vidas, ou nós saímos das suas, vivemos o período de luto pela perda de tudo que a pessoa representa, ou representou. Ela pode ser, ou ter sido, nosso sonho mais perfeito, pode representar o significado mais absoluto da expressão felicidade. Talvez sejamos nós seu mundo mais bonito, e que, por inúmeras razões, perdeu esse valor, deixando de fazer sentido – tanto que nos deixam partir. Nos dois casos, a perda é dolorosa, e atinge as defesas que possuímos, nos cobram um preço alto e custamos a nos recompor.
No entanto, as perdas são mais presentes na nossa vida do que percebemos, enquanto vivemos o cotidiano. Perdemo-nos dos nossos sonhos, no caminho, de nós mesmos.
Perdemos a fé, a viagem, o horário. Perdemos a paciência em momentos cruciais. E perdemos a direção, o propósito, o encanto. Perdemos a ousadia nas circunstâncias em que a capacidade de ousar pode fazer a fundamental diferença.
Perdemos o lugar na fila, papéis importantes, o interesse. Oportunidades são perdidas, assim como o avião, as ideias, o bom humor. Perdemos a hora, a consulta, o amigo. Perdemos a noção, a vergonha, a postura. Perdemos o jogo, o emprego, a competição. A beleza, o espaço, a segurança. Perdemos a razão, a malícia, a vaidade. O sorteio, a festa. Perdemos a certeza. Caem os dentes, o lucro, a delicadeza. Perdemos a visão, o voto, a sanidade, a educação. Perdemos a inocência, a fala, o bonde. Perdemos a alegria, o ânimo, a constância, a determinação. Perdemos peso, bens materiais, a auto-estima.
Perdemos a melodia, o momento, o equilíbrio, a fome, o sono. Perdemos a capacidade de nos surpreender, e aos outros. Perdemos a habilidade em tratar de nossas questões e resolver os conflitos. Perdemos o suspiro de prazer, ganhamos a angústia para cuidar. Perdemos o colo, ganhamos o mundo. Perdemos o gol feito, a voz, o medo. Perdemos a esperança, o desconto que não pedimos. Perdemos as lembranças, a agilidade, a memória. Perdemos o respeito, o senso crítico, a amabilidade. Perdemos boa parte do dia dedicando atenção desnecessária a assuntos desimportantes. Perdemos a lucidez, a timidez, o desejo, a juventude. A graça, o sentido, a espontaneidade.
Perdemos chances únicas, valores antigos e tempo. Perdemos tempo entristecendo por tão pouco, considerando opiniões e pessoas que não somam, incentivando quem não quer nenhum tipo de ajuda – e deixa isso claro. Perdemos tempo acorrentados a um passado feliz, ignorando o futuro gestado num descuidando presente. E quanto tempo perdemos em lamentações, justificativas, porquês, medos, anseios, procuras vãs de coisas de pequena importância e valia! Talvez devêssemos gastar mais desse tempo repensando-nos, (re)avaliando sentimentos, comportamentos, buscando e encontrando soluções, novas formas de combater as dificuldades, resolver algumas questões, conhecer um pouco mais desse ser que construímos, e que perde sim, para ganhar experiência, força, recursos e evoluir.
Perdemos a saúde, por fim a vida. Mas, antes, corremos o risco de perder a paz, enquanto pranteamos as perdas grandes, desprezando as pequenas desistências diárias que fazemos em direção à morte... de tudo que já foi importante, da essência de tudo que nos faz sorrir e olhar a vida com os olhos curiosos de uma criança, daquilo que arrepia os sentidos, faz pulsar o coração, a vida valer a pena!
Ao final de cada texto, a Norma teceu seus pareceres. Ao meu, couberam estas considerações:
No compasso da vida atravessamos etapas naturais que são transpostas através de mudanças que significam abandonar para crescer.
No passo a passo da vida, deparamo-nos com etapas acidentais que com muita frequência nos tiram “o chão”. Entre quedas e recomeços seguimos em frente.
Viver é como mergulhar no vai e vem das ondas dos acontecimentos, navegar entre alegrias e tristezas. Viver é ter perdas imensuráveis e ganhos de grande valia. Nossa impotência diante da morte nos sinaliza a importância do aqui e agora. Nos relatos das onze semanas temos penetrado nas várias nuançes das perdas, acolhido as dores e compartilhado a oportunidade de interagir.
Quem sabe, como diz o poeta “o segredo da imortalidade é viver uma vida que vale a pena ser lembrada.”
Obrigada Denise pela sua participação que sumariza as diversas perdas aqui compartilhadas no decorrer das diversas semanas.
Norma
21 de jun. de 2011
Escrava de Jô?
O dia se levantou comigo, e, enquanto eu corria contra o relógio, desfilava a agenda repleta, urgente, na minha mente.
- Calma!, adverti-me. Não há segundo economizado que valha a gastura de começar o dia correndo.
Desço pelo elevador e me dirijo ao carro com os passos apressados ecoando na garagem. Bolsa jogada no banco do passageiro, ré engatada e manobra feita enquanto o portão abre. Mais um dia, pensei, ligando o som. Na saída da garagem, um carro mal estacionado não chega a bloquear minha passagem, mas dificulta a manobra. Sistematicamente tem ocorrido esse estresse por conta de uma construção ao lado. Quando o carro parado é de passeio fica fácil, e quando dou de cara com um caminhão fechando meu acesso à rua? Ando tendo acessos de raiva - contidos. Falar com eles não tem resolvido. Mas a pressa e o trânsito logo desviam minha atenção para outros assuntos.
O compromisso da manhã tomou mais de três horas, tempo justo para almoçar e correr para o trabalho. Trânsito difícil nessa hora pra quem mora no centro, em rua de movimento intenso. Dou a seta e...de cara com um carro - outro – este sim, impedindo a manobra para entrar na garagem. Respiro fundo e acelero adiante, fazendo um percurso de algumas quadras para voltar e conseguir a proeza de fazer um balão pra tentar entrar no restinho de guia rebaixada que sobrou. A essa hora eu não estava muito feliz não, e segurei o trânsito ocupando a rua pra manobrar. Entrei, saí a pé e falei com um dos rapazes da obra, solicitando que o dono do veículo fizesse a gentileza de tirar o carro – eu ia sair em seguida. Chega a dona da construção e pergunta qual era o babado. Qual é o babado? Respiro fundo e digo que isto vem acontecendo direto e está gerando incômodo para os moradores, e que não tem resolvido pedir com educação.
- Você está nervosa, calma...
Respirei de novo...você não estaria se precisasse pedir que tua garagem estivesse livre pra você sair? E aconteceu, hoje, quando saí e quando voltei.
Tá bom, resumindo, eu falei que da próxima vez talvez chamasse o guincho. Além do barulho, a sujeira, e agora o impedimento de acesso livre?
O almoço estava ótimo, o trabalho, como sempre, ocupou-me de maneira apaixonante. A tarde morreu, anoiteceu (hoje não esfriou!) e eu lá, envolvida com os pacientes, até que o último casal saiu. Fui guardando papéis, recolhendo xícaras e copos, deixando a sala prontinha para amanhã, desligando música, apagando luzes. Fechando a clínica, sai. Você pensa que acabou?
Na fila do caixa do supermercado, depois de uma compra que acabou sendo maior porque o feriado tai e já me adiantei, a visão de meus chinelos – salto nessa hora me dá uma aflição! – depois de um banho quentinho, uma sopinha e meu sofá, me faziam fechar os olhos pra criar a cena.
Minha vez! Saem as compras do carrinho, voltam pro carrinho e são postas no carro. Do porta-malas vão para outro carrinho, que vai subir o elevador (ahhhh! meus chinelos...) gente, não parece escravos de Jô esse vai-e-vem???? ...e dele sairão para a geladeira e armários. Não antes de calçar os chinelos!
É, mas ainda não terminou!!! Antes de subir, recolher tudo que tem no carro. Cedinho ele estará na revisão! Agora sim...subiiiindooo...
Durante o banho, nasce esta crônica. Agora vou parar, juro! Mas, antes, preciso encontrar uma imagem pra postar...rsrsrs
*
*
*
Será que amanhã cedo consigo sair da garagem?...rsrsrsrs
20 de jun. de 2011
Pensando com meus botões...
17 de jun. de 2011
Yes, nóis tem iPin!!!
16 de jun. de 2011
Bom dia!!!!!
14 de jun. de 2011
Tenha um feliz dia!!!!
E por falar em liberdade...
13 de jun. de 2011
Liberdade
“Um ser livre é aquele que reconhece, alimenta, usa e expressa seu potencial. São pessoas despertas, que resolveram parar de culpar, reclamar e dar desculpas. São pessoas que assumiram totalmente sua responsabilidade e tem uma atitude de gratidão a cada passo. São descontraídos mas não se acomodam em zonas de conforto ou preguiça. Além de serem pacíficos e de possuírem força espiritual, pessoas livres vão além das crenças que limitam seu potencial para crescer e brilhar.”