“Planto flores no caminho para que não me faltem as

borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo

não é o fim. É o começo."

Day Anne



31 de dez. de 2008

Com que cor eu vou??

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Para recepcionar 2009 escolhi um conjunto harmônico: roxo, branco e rosa.
A predominância é do roxo, e a pretensão é, cuidando melhor da espiritualidade, conquistar e estar em paz, tendo no amor o equilíbrio da alma.



Os adereços em prata simbolizarão o brilho que a vida representa e que precisamos melhor reconhecer e tratar.














Além dessas significações, tenho um símbolo para o ano de 2009.

E ele regerá minha principal motivação!!

♥ Denise

30 de dez. de 2008

O amor.



Não, não há necessidade em conclamar os direitos que assistem a um coração desgovernado pela súbita mudança de rumo, que atinge seus batimentos ritmados pela outrora paixão, elevada a amor há uma eternidade...

Sim, existe nele uma imensa e gelada constrição, porque arrebata e seqüestra esse sentir para eternizar a sensação grandiosa que o habita e preenche, efervescente na sua totalidade, mágico no seu existir.


O ano que termina deixa um gosto agridoce pelas suas inúmeras e intensas manifestações sintomáticas de sentimentos tão contrapostos que, relativisados, não se visitam pela descomunal distância entre si. O antagonismo natural os coloca opostos e incomunicáveis. No entanto, conviveram e se superaram até surgir a desistência desavisada....


Tal qual Sol e lua dependiam de um para o outro existir. Essa perfeição ímpar foi denunciada desde o tom marron-mel dos olhos à igualdade do amor de dois corações batendo em uníssono. Isso é eterno. Eterna é a perfeição do amor eternizado no coração. E também uma escolha!!


Não naufraga a esperança serena, fortalecida e cada vez mais destemida, pondo-se ternamente no aguardo da chegada do nobre sucessor desse legado sagrado, o amor!!


♥ Denise

Ah! o amor...


...em alguns momentos ele parece querer escapar para existir...mas a invasão das lembranças trás consigo seus porquês, que exigem mantê-lo serenando.

Recolhido fica, então, dentro da concha da saudade!!


♥ Denise

Amor sobre rodas.


A cena curiosa me prendeu a atenção momentaneamente.

Uma bicicleta, dois passageiros. Ele com os pés nos pedais e a mão direita sobre os ombros dela, que conduzia o veículo pelos guidões. - Nada demais, você diria. O que ficou visível ali, naquele casal, foi o sincronismo da confiança. Ele prestando atenção no sinal abrindo ou fechando, ao mesmo tempo em que imprimia a velocidade correta do pedalar para vencer o percurso, ou reduzir, buscando o efeito parar. Ela seguia desviando os obstáculos, mas não se encontrava sozinha nessa tarefa que visivelmente era de ambos.

No mesmo instante em que observava a cena por dois ou três quarteirões, minha mente pulou, rápida, para a ponte que fiz analogamente para o que é viver o amor a dois. Não difere da cena da condução de uma bicicleta no trânsito num fim de dia, numa tarde que trazia a chuva refrescante, numa capital com movimento reduzido pela época em que migram seus habitantes para o ar praiano. A cidade está num momento atípico, o tempo mudou, mas o casal seguiu para onde tinha de ir. Talvez cobrisse o percurso com maior dificuldade e risco, mas, juntos, seriam a equipe que presenciei, num singular ritmo de caminhada, numa harmonia perfeita de movimentos para atingir a meta. O amor, sincronizado no peito e na alma, teria nos amantes o mesmo efeito catalisador. E talvez riscasse as ruas da vida na direção pretendida com a mesma sabedoria de um despretensioso casal de ciclistas...confiantes. Simples assim!


Denise


Caio Fernando Abreu



"Na minha memória - tão congestionada -
e no meu coração - tão cheio de marcas e poços -
você ocupa um dos lugares mais bonitos"

27 de dez. de 2008

É real...nem tudo são flores!


Tecendo Idéias” tem pouco mais de um ano de existência, e é um espaço encantado pra mim, onde permiti aflorar meus sentimentos íntimos, os novos desejos e aqueles perdidos no tempo, poemas, relíquias pessoais.

Reli a mim mesma e constatei mudanças substanciais na mulher, mãe, filha, profissional e amiga. Revisitei meus domínios interiores com tantas cenas desfilando diante dos olhos marejados, que insuspeitados sentimentos de saudade invadiram sumariamente este coração, mostrando quanta emoção ele foi capaz de (re)viver!!

O texto escolhido para dar início a este cantinho, embora tenha sido escrito em data retroativa a esta inauguração, por ironia, agora, ao entrar o blog em recesso transitório, observa-se na sua quase totalidade uma contemporaneidade intocada. É tão lúcido, que dói. Parece premonitório. Abre e fecha as postagens com perfeita ordem e justaposição.

"Nem tudo são flores", post de 7 de dezembro de 2007, se mostra uma reflexão coerente, madura, oportuna e destemida, revelando sua criadora que reprisa as palavras precedentes, tão atuais...



Não há quem não passe por dificuldades, dissabores, desilusões, frustrações, medos, momentos ruins. É certo que nem tudo podemos evitar. O controle de determinadas situações nos foge, assim como não temos solução para tudo. Porém, muito daquilo que nos infelicita, é resultado único de nossas atitudes, ou falta delas.

Ouvindo comentários aqui e ali, nos deparamos com tantas pessoas culpabilizando o outro por seus infortúnios, desafetos e desamor. A mim faz pensar no quanto não percebemos que alguns dos nossos atos provocam as vicissitudes da vida.

Embora nenhum de nós procure deliberadamente a autodestruição, as desavenças e os sofrimentos, ficamos obtusos em alguns momentos. E deles, resultam as conseqüências danosas. Contudo, possuímos a capacidade de retroceder, recuperar e modificar, superando os erros e evitando novos confrontos com as dificuldades que nos roubam a paz.

Sendo seres em permanente e constante relação, não detemos sobre o outro o poder da participação direta ou indireta daquilo que nos atinge e prejudica, mas podemos cuidar mais de nós mesmos não conferindo ao outro o poder de nos alcançar e respingar sobre nós os seus problemas, suas inabilidades, suas mágoas, suas dores.

Dentro da nossa imperfeição, o que podemos ter bem claro é que somos nós os jardineiros de nossas existências, e que, se nem tudo são flores, provavelmente permitimos que ervas daninhas ocupassem espaço, deixando de podar as arestas de nossos jardins existenciais.

Se não há como evitar certas coisas que independem de nossos anseios, somos responsáveis por tentar reverter os fatos.

Em contra partida, também nós influenciamos as vidas das outras pessoas, muitas vezes depositando nos outros uma responsabilidade que é nossa. Talvez o melhor adubo para cuidar de nosso jardim seja a humildade em reconhecer as falhas que são nossas, deixando livres do ônus de uma culpa injusta aqueles a quem impingimos as conseqüências de atos nossos.


Por mim mesma...

26 de dez. de 2008

Desconstrução...



...me retiro, silenciosamente.

Porque não há lua sem sol...


Afasta de mim esse cálice...






Tudo tem seu tempo pra nascer e morrer...a dor também!

♥ Denise

25 de dez. de 2008

Toque de almas



Um grande amigo, um homem apaixonado, questionou o que só o coração é capaz de entender...a sabedoria implícita na sua reflexão parece haver sido ignorada por seu feitor...

Me disse ele: "Como é que se pode falar em "sucesso do relacionamento" que se desenvolve baseado em frívolos estratagemas e comportamentos programados, depois de conhecer o "toque de almas" ?


E o mais incrível, é que as almas sabem de tudo isto e se reconhecem desde logo, mas os seres colocam as mentes e sapiências em ação e estragam tudo."


♥ A. P.


Raras vezes fiquei sem resposta...mas diante da conclusão mais rigorosamente certa e inviolável do que possa ser viver o amor a dois...palavras? pra quê??

24 de dez. de 2008

Então é Natal...



O bom velhinho anuncia sua chegada batendo o sino...e as crianças se alvoroçam pelo encontro tão esperado. É Natal! O Natal festivo da ilusão infantil...ou do descaso adulto que substitui valores por arroubos de concorrência empacotadas e presas por fitas coloridas...

O Natal da manjedoura é diferente. Tem cheiro de devoção.
Natal é "ser posto no mundo", nascer.
O nascimento de Jesus!
Sua chegada foi anunciada por um Anjo, e recebeu de presente dos Reis magos - guiados por uma estrela - ouro, incenso e mirra.
O ouro simbolizando a pureza, tem valor, brilha. O incenso, que na antiguidade era queimado para perfumar ambientes e simboliza a oração, uma homenagem à Deus. Mirra vem do hebraico que significa "amargo", usada desde a antiguidade como um incenso para inspirar oração e meditação, e para fortificar o espírito. Estes presentes deram origem ao presentear, mas parece ter havido confusão no verbo que é sinônimo de gastar.

Entendido o princípio religioso da história, o Natal é uma festa religiosa que tem - ou deveria ter - na essência o aniversário daquele que morreu crucificado para salvar a humanidade.
A história é lembrada em presépios confeccionados de todos os materiais possíveis, os cenários variam de acordo com a criatividade do artista.
O que parece não se manter igual também é o culto da fé, porque Ele perde para Papai Noel em popularidade no Seu dia!! O consumo do bem material parece superar largamente o pão e o vinho!

O espírito natalino mudou. Mudamos nós que o transformamos no que é.
Ensinamos por ações. Rezamos menos e compramos mais. Dias atuais...

A mesa farta tem sua fundação histórica no costume das famílias irem à Missa do Galo - à meia -noite, o primeiro canto do galo - que era celebrada no dia 24 de dezembro. Como a comunhão exigia jejum prolongado, as famílias preparavam a princípio um lanche e , com o passar do tempo, ceias cada vez mais elaboradas. O que enfeiou a história foi a falta da prática religiosa. O galo virou o peru - alimento para as grandes ocasiões! - consumido na ceia.

Mas os sinos dobram anunciando para toda a humanidade que pare para render a homenagem àquele que nasceu neste dia 25 de dezembro, na manjedoura, um símbolo cristão.
Ser cristão - estar em comunhão com Jesus - é opção!!

FELIZ NATAL!! Boa opção!

Dia 24 de um dezembro...



O Natal é vermelho como a força que o representa...o coração, onde moram os melhores sentimentos e palpita o amor que o alimenta.
Metaforicamente se pode expressar o sentir de tantas formas que não existe regra para seguir. Escolhi o sabor doce, de cor forte e muito apreciado, apesar de feminino. Talvez por isso encante os olhos e adoce a boca...

Este dia 24, o Natal que se repete e não é igual, marca uma trajetória que me obriga a reverenciar neste lembrete que meu coração, palpitante, vermelho e cheio de amor quer usar símbolo e sabor para registrar.

Parabéns Menino Jesus, por teus anos de salvação no coração dos homens! Dá-me licença para uma única velinha soprar??

21 de dez. de 2008

Sonho...



Pela vidraça vejo o sol preguiçoso se preparando pra se por, a tarde já deitando o restinho do dia de domingo...

Meu corpo, que estava entregue ao socorrido cochilo, volta ao mundo desperto pelo som inconfundível da campainha. Sonolentos passos me dirigem até a porta que abro sem olhar quem do outro lado espera - por alguns instantes tolos e dementes meu ser pareceu intuir outra presença – e me deparo com um prato estendido onde depositaram três sonhos. Branquinhos de açúcar de confeiteiro, as delícias pareceram sorrir pra mim. Com lentidão na voz agradeci minha simpática presenteadora, cozinheira de mão cheia que é, e recebi de bom grado a oferenda de suas mãos. Um sorriso cheio de uma alegria mansa que dividiu comigo encerrou o rápido encontro. Não eram iguais aos que são vendidos pelo “carro dos sonhos” lá nas cercanias da porta da rua, mas infinitamente mais saborosos.

- Que lindos! eu disse ao observar que um deles era meu e os demais deveriam aguardar as outras pessoas que dividem comigo a morada.

Com reverência, saboreei prazerosamente e com vagar o doce.

E na metade da degustação me soprou uma voz vinda do coração: mais do que distribuir sonhos, ela os faz.

Há meses essa promessa é cumprida com o rigor da fé que a levou a formulá-la. Admirável fé que crê, simplesmente. Beleza de gesto de doação, que maravilha de carinho despretensioso.

Emociona-me a simplicidade da vida.

Sonhos existem, são construídos, e até entregues nas nossas mãos...

O próximo passo é compreender o que fazemos dos nossos sonhos, e daqueles que nos são entregues?!

A resposta virá ainda neste dia de domingo...

Denise



** A resposta veio...no silêncio, escolhido, frio, que ignora.

Mais que isso, num texto encontrei as palavras que revelaram um segredo esquecido, que compreendi, fui buscar na mala da saudade ao procurar a roupa da tal felicidade...

Necessariamente, a gente não tem que ficar com tudo que a vida nos dá. O que resta é a nova lição de aprender a escolher...