“Planto flores no caminho para que não me faltem as

borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo

não é o fim. É o começo."

Day Anne



1 de mar. de 2012

Pare de carregar a mala dos outros....

Participo de uma comunidade que publicou este texto que compartilho com vocês por entender que é válido para todos nós que, seguramente, em algum momento da vida - se não em [quase] toda ela, já sentiu esse peso.
Depois e andar tanto com excesso de peso sobre os ombros cansados, sou favorável à devolução, prefiro uma vida leve e relações que façam toda a diferença!





Você acredita que carrega malas alheias? Vamos fazer um exercício?
Como você reage quando seu filho não quer fazer a lição? Ou quando alguém não consegue arrumar a própria mala para a viagem de férias, perde a hora do trabalho com freqüência, gasta mais do que ganha… e muitas coisinhas mais que vão fazendo você correr em desvario para tapar buracos que não criou e evitar problemas que não afetam sua vida diretamente?
Não afetam a sua vida, mas afetam a vida de pessoas queridas, então, você sai correndo e pega todas as malas que estão jogadas pelo caminho e as coloca no lombo (lombo aqui cai muito bem, fala a verdade) e a sua mala, que é a única que você tem a obrigação de carregar, fica lá, num canto qualquer da estação.
Repetindo, a sua mala, que é a única que você tem obrigação de carregar, fica lá jogada na estação! Temos uma jornada e um propósito aqui neste planeta e quando perdemos o foco, passamos a executar os propósitos alheios. A estrada é longa e o caminho muitas vezes nos esgota, pois o peso da carga que nós nos atribuímos não é proporcional à nossa capacidade, à nossa resistência e o esgotamento aparece de repente.
Esse é o primeiro toque que a vida nos dá, pois, quando o investimento não é proporcional ao retorno, ou seja, quando damos muito mais do que recebemos na vida, nos relacionamentos humanos ou profissionais, é porque certamente estamos carregando pesos desnecessários e inúteis.
Quando olhamos para um novo dia como se ele fosse mais um objetivo a cumprir, chegou a hora de parar para rever o que estamos fazendo com o nosso precioso tempo. O peso e o cansaço nos tornam insensíveis à beleza da vida e acabamos racionalizando o que deveria ser sacralizado.
É o peso da mala que nos deixa assim empedernido.
Quanto ela pesa? Quanto sofrimento carregamos inutilmente, mágoa, preocupação, controle, ansiedade, excesso de zelo, tudo o que exaure a nossa energia vital.
E o medo, o que ele faz com a gente e quanta coisa ele cria que muitas vezes só existe dentro da nossa cabeça? Sabe que às vezes temos tanto medo de olhar para a própria vida que preferimos tomar conta da vida dos filhos, do marido, do pai, da mãe… e a nossa mala fica na estação…
O momento é esse, vamos identificar essa bagagem: ela é sua? Ótimo, então é hora de começar uma grande limpeza para jogar fora o lixo que não interessa e caminhar mais leve. Agora, se o excesso de peso que você carrega vem de cargas alheias, chegou a hora de corajosamente devolvê-las aos interessados. Não se intimide, tampouco fique com a consciência pesada por achar que a pessoa vai sucumbir ao fardo excessivo. Ao contrário, nesse momento você estará dando a ela a oportunidade de aprender a carregar a própria mala.
A vida assim compartilhada fica muito mais suave, pois os relacionamentos com bases mais justas e equânimes acabam se tornando mais amorosos, sem cobranças e a liberdade abre um grande espaço para a cumplicidade e o afeto.
Onde está a sua mala?

Grupo Correio de Luz

14 comentários:

Tha Boss disse...

Estou largando as malas dos outros por aí já, beijão Denise :-)

Santa Imaginação disse...

Ótimo esse texto!!!!mas acho que várias pessoas levam a mala de outros...e como é pesada....

Bjs
Zu

Denise disse...

Ah, vc vai se sentir melhor e a vida vai ficar beeeemmmmm mais leve, Clayton...rsrsrs

Bjão!

Denise disse...

Zu, levamos sim, muitas, pela vida afora, e sem perceber, o que é pior....ainda bem que dá pra dar uma paradinha, depositar todas no chão e escolher quais recolhe e quais ficam esperando seus donos...escolha difícil como mulher, mãe, amiga, avó, tia, vizinha...mas o resultado é compensador.

Beijos, adorei te encontrar aqui!!!

R. R. Barcellos disse...

Não me importo em ajudar a levar uma sacola de supermercado para quem está com o braço na tipóia... mas quero ver o atestado médico. E minhas compras têm prioridade.
Aliás, sei que muita gente acha que você tem obrigação profissional de carregar malas alheias, sem perceber que sua função é exatamente ensinar cada um a levar a própria bagagem. Como você faz aqui. Ponto para o Blogueiro Profissional Amigo.

Beijos. Posso te ajudar com essa sacola?

Lindoia disse...

Dê,tanto tempo que não passo por aqui, exatamente por falta de tempo e pela quantidade de malas alheias, que não consigo largar.
Valeu o belíssimo texto!
Um grande abraço.

Denise disse...

Oba, tá pesada, e não me faço de rogada, aceito a carinhosa ajuda - mesmo sem braço na tipóia e atestado, um encanto esse oferecimento tão gentil, meu querido.

Pois é Rodolfo, esta é uma situação que desmistifico sempre, atendimentos faço no consultório, mas sou amiga e podem contar comigo...pra compreender que existem boas formas de se responsabilizar por sua bagagem, embora eu já tenha, lá atrás, calejado os dedos e os ombros sob o peso de muuuuita bagagem alheia...aprendizado dos bons, completado com nova visão de mundo e outras filosofias de vida...

Beijo, querido....se precisar de mãos amigas, sem pestanejar ofereço as minhas!

Denise disse...

E eu não sei Lindamiga, dessa ginástica sem fim???

Lembre-se que as pernas fraquejam quando o peso é excessivo, e as gotas de suor que lavam nosso corpo são salgadas como as lágrimas derramadas muitas vezes por quem não valorizou nem uma coisa, nem outra....

Se cuida, queridona!
AMEI te encontrar aqui!
Super abraço, cheinho de afeto e saudade!!

Anônimo disse...

Exatamente. Como muita gente, também venho carregando as malas dos filhos.Mas, como temos medo de largá-las, e eles não darem conta de carregar sozinhos.

Denise disse...

O medo desautoriza as realizações de nossos sonhos, projetos e intenções, ele nos prende, imobiliza e atrapalha. Mas no final, a gente faz aquilo que consegue, que dá conta - incluindo as mudanças que a gente aprende a promover.

Que tenhamos todos, muito boa sorte...anônimo.

Meire Oliveira disse...

Oi Denise, cheguei aqui pelo blog da Isa que citou esse texto incrível acima no post dela.
Nessa estação que é a vida devemos tomar cuidado pra não carregarmos bagagens que não nos pertence em nossas coisas, sábias palavras. Leveza é o que há!

Parabéns pelo blog!
bjo de luz e carinho.

Denise disse...

Concordo com vc, Meire, quem escreveu abordou a verdade do que fazemos, muitas vezes sobrecarregando nossos ombros ou até mesmo impedindo que as pessoas que amamos, cresçam.

Obrigada pela visita e pelas observações cheias de carinho. Venha sempre que sentir vontade, aqui é lugar de amigos!
Bjos

Tais Luso de Carvalho disse...

Este texto é bom demais, Denise. Quantas vezes não suportamos nosso peso e vamos arrastando esta mala pesada para chegarmos a algum lugar. E carregar a dos outros? É, sei, fazemos isso sim, amiga, mas depois bate tanta incomodação, tantas cobranças, tanta ingratidão que acaba com a gente. Não, que fiquem as malas pelo caminho; se cada um carregar a sua, tenho certeza que o mundo será mais leve. E não tem nada de egoísmo, e sim de sabedoria. Acho que está na hora de pararmos de nos meter na vida dos outros para dar uma mãozinha... Que chatice!

Belo texto!
Beijos
Tais

Denise disse...

Tais, querida, bom vc aqui, adoro tua visão e as observações que faz.
Este texto desperta a gente, acho importante eleger prioridades e faze-las acontecer.
Tuas ponderações são muito pertinentes, obrigada por estar sempre aqui prestigiando com tua presença amiga.

Um abraço carinhoso!!