"Observe as flores...
Amanhecem felizes, não têm nenhum tipo de ansiedade,
porque não competem entre si - cada uma tem o seu papel
e a sua importância na beleza da vida. Vivem em harmonia e
por isso constroem um cenário harmonioso e inesquecível."
Autoria desconhecida
Sejamos um pouco flores!
Deixemos a exuberância e a diversidade de suas formas co-existirem. Façamos da nossa, uma presença perfumada e colorida na vida - e nos corações daqueles que cruzam nosso caminho ou participam da estrada, lado a lado na caminhada. E quando for outono e o viço de nossas idéias, dos nossos sentimentos e intenções, diminuírem, aproveitemos da parada para andar pela plataforma dessa estação...o regresso na viagem pode acontecer vigoroso, fértil e em harmonia com os passos novos.
Sejamos um pouco flores ao entrar na vida das pessoas, e ao sair também!
A primavera pode se estender diante da estrada. E podemos colher as flores mais perfeitas para enfeitar nosso mundo exterior e decorar a alma - minha e sua!
Colhe, se desejar, e enfeita teu cantinho particular...
8 comentários:
E você, Denise, é uma flor que reflete poética e lindamente.
Bjs e inté!
Oi Denise...maravilhoso. Amei mesmo(este mes a revista Vida Simples tras 'bate papo' como matéria de capa, ressaltando a falta de contato com o outro na sociedade atual)-não trabalho na editora e nada ganho com a venda!rs...
(...)
Sabe...pena que há flores que acham que dela exalam as melhores fragrancias.
Pena que hajam flores que pensam ter a melhor composição de cores, que há elas lhe foram dadas exclusividades.
Pena que hajam flores que pensam possuir as petálas mais lindas...
Penas que hajam flores que pensem ser tão suficientes que não precisem do pó da terra ou do frescor da agua.
Pena que hajam flores que pensem ser tão superiores que não precisem ao menos do insignificante olhar alheio para existirem.
Pena que hajam flores que são tão ignorantes a ponto de não saber que um dia murcharão...suas cores vivas não mais serão vistas...não terão mais perfumes...quase secas vergaram... e a única maneira de terem se mantido vivas seriam na memória daqueles que por toda vida desprezou.
Como segunda homenagem ao Dia das mães, receba hoje, um arranjo composto por Gloxineas (vermelhas/vinho com bordas brancas)rodeado por Begônias amarelas, tendo como 'guardiãs' um 'exercito de violetas roxas'.
Aqui em são paulo o dia está cinza...que o seu seja colorido onde estiver.
Que hoje eu possa ter levado um pouco de perfume e colorido para ti.
Bjs
Julio
PS: *1-guardo algumas petálas de belas flores em meio as páginas de livro da minha vida. Busco a olha-las quando desejo remeter-me a sua memória. O perfume que deixaram ainda estimula minha mente. Acho que no outono lembrarei de muitas primaveras.
(...)
Quem me vê diz que estou despedaçado. Em verdade também deixei minhas pétalas por quem cruzei.
*2 Vou colher e enfeitar meu cantinho, ok? bjnhos
Ju, eu penso muito na metáfora do jardim, em prepará-lo para que pousem as borboletas - o processo em si, ao meu ver, já é a própria metamorfose.
A mudança acontece silenciosamente (o grito interno é ensurdecedor!!), e parece que parte de um ponto "claustofóbico", um remexer de coisas que não cabe mais dentro da gente, ficamos espremidos nesse lugar, sem ar...é hora de mudar!
Prefiro o perfume das flores ao vento varrendo a terra árida!
Obrigada pela delicadeza de tuas palavras. Poeta tem disso, enxerga-nos muito melhor do que somos...
Beijo...inté!
Cheguei...rs
As “fragrâncias” não são melhores, ou piores. São diferentes, para ajustarem-se ao gosto de cada um, penso eu. Não é diferente na vida...as cores vão transmutando a própria existência, tingindo-se conforme se expõe ao sol (o suco tá gelado, docinho, convidativo...rs)...e de que se alimenta, se nutre. Onde e como vai buscar calor, luz, oxigênio...e este jardim, meu amigo, é pessoal. O viço de tudo está na atitude, no querer, na escolha de cada plantinha...o jardineiro (nós!) vai descobrindo desde o melhor lugar de cultivo até quais adubos e horário de rega...a poda...essa, a tarefa principal, esta que estamos tratando...para “sermos um pouco flores”.
Ai ai ai...outro copo...péra...rs
Todos temos guardado num cantinho da memória afetiva, uma poção da fragrância e um punhado das pétalas – ganhas e distribuídas...
Que lindo arranjo, obrigada pela delicadeza do presente e da escolha...vou por no “boteco”...rsrs...aqui está nublado tb, mas perfumado e colorido!!
Obrigada pelo carinho...bjos!
*Vou em frente, pq já vi que vamos esvaziar outra jarra noutro post...rsrs
...que bom (que chegou), estou me habituando a prosa...e ao suco! Sem vício, mas já sentindo a falta.
E estava meio sem graça de ficar com este arranjo de margaridas e flor do campo nas mãos...melhor ficará à mesa que 'sustenta' a prosa...
hahaha...("...esvaziar outra jarra noutro post!")
Oi Denise...Sim, o suco esta gelado(a refrescar o papo fervoroso!rs), docinho e convidativo...
Claro que espero...sirva-se...sem pressa...
...humm...um bom jardineiro não se cristaliza,não? então, estou sempre atento ao adubo que faça minhas 'florzinhas' crescerem belas. Estou sempre alerta para não falhar na Rega...e, ainda que 'corte o coração' sei o quão é importante a poda. Esse último é uma ação de fé, não? fazê-mo-lá não para o resultado imediato...mas é prazeiroso quando o vê-mos acontecer como fruto desse trabalho.
Ficarei mais um pouco a beber contigo...e ao sair, deixarei algumas pétalas a 'tapetar' a entrada do 'buteco'...que me faz ter mais como o 'noir' de uma 'taverna'.
BJ
(...muito bom o sabor, mesmo...docinho!)
Atento, alerta, presente. É tudo de que precisas para identificar a hora da "poda", o quanto e aguardar...viver é simples, a gente que complica...rs
Mudamos de cenário?...rs
Se tem café, tá ótimo...o tapete de pétalas é um acréscimo singelo...pra garantir as horas de papo, estás a cuidar bem do ambiente...rsssssssss
Bjo
Viver é simples, a gente é que complica...humm...acho que citei em algum momento...ãã...que o complicado da vida é viver a sua simplicidade, não?
(...)
"Mudamos de cenário?"
ao que preferes, café ou suco? (a saber para poder convidá-la)...eu adoro café. Este é um prazer. Sucos...são refrescantes, ou energizantes, assim, funcionáis. Os seus...sempre feito e servido com carinho, na medida certa, doce o bastante...convidativo.
(...)
Alerta, e principalmente atento e presente.
O ambiente é lindo, parece conter a alma da mentora. Uma força inata que reside em mim impele-me a mostrar zelo. Uma alegria confortante toma-me saber que atende ao objetivo. Adjetivas perfeitamente meus atos.rs...que bom que há simbiose! (não há?rs...)
Quando cheguei a rua que trazia a essa "taverna"(imagino algo que se veja em Toscana/Italia, ou nos litorais da Espanha), a sombra do horizonte não permitia que o sol ofuscasse a luz difusa, amarelada, com nuances coloridas, como violetas e vermelhos, provindo como reflexo da decoração esmerada que aqui há. Com o corpo impelido a adentrar por essa vereda, as pernas ainda mantinham-se pesadamente estáticas no calçamento. Não por não haver vontade, mas por que não era esse o caminho que deveria seguir costumeiramente. Quando o processamento mental do novo estimulo suplantou o comando autonomo que reinava, um inocente e infantil espirito desbravador recobria-me enquanto a passos lentos, entre o timido e o receioso, conduziam-me até o ponto reluzente do logradouro. A distância mostrava-se menor, não pela lógica visual, mas auditivamente no compasso progressivo do leve murmúrio indecifrável até identificável vozes, masculinas mesclando-se a femininas...falantes, alegres, risonhas. Uma determinada modulação ganhou meu foco...e porque também não parecia presa as outras...parecia ser circulante...e no momento em que me vi, agora quase a porta, um rosto, meio que por descuido, olhara para fora. Em pé, tinha um movimento firme, conciso, mas com uma suavidade tal como o bailar da fumaça do cigarro que arde sobre um cinzeiro e que se ascende em transfigurações doceis(ademais este ser um péssimo hábito). Um imperceptível instante parou o movimento, antes que se voltasse a mim, para convidar-me desnecessariamente a entrar, pois nos instante anterior eu já perdera qualquer dúvida que me compelisse ao contrário. Um cumprimento com um beijo, seguido de apresentação, protocolou o conduzir-me e graciosamente instalar-me em uma mesa. Como a uma criança que recem chega a um parque e vislumbra a imensidão e a natureza incomum para ela que ali lhe cerca, eu ainda tomava nota com olhares. O que para muitos poderia ser inóspito, alegrava-me os olhos, e dava leveza a alma. Nossa percepção de tempo se esvai, anula-se ante a situação que nos encontramos.
Desde então, seguir pelo caminho que leva-me até a 'taverna' não tornou-se habito, nem vício, tão pouco o que lá encontro. Tornou-se o presente, não o futuro, tão pouco a ser um saudoso passado. O presente que confere a possibilidade para o "agora".
Desde o momento que me sentei, percebera que não eram as mesas, a decoração, a musica que ambientava, que haviam me norteado para um estado agradável de ser/estar, mas sim, a essencia de onde provinha tudo que ali estava representado. Captados pelos cinco sentidos e inferindo a um sexto.
Bj Denise
obrigado por estarmos por aqui.
...e que 'rolem' as horas... meu relógio não funciiona quando estou aqui.
Julio, acho que de tudo que já escreveu por aqui, este comentário supera - pela beleza da tua descrição, ao mostrar sem reservas, tua alma. Não me atrevo a comentar mais nada, temendo tirar o brilho...só me curvo, comovida e grata. Bjo!
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