“Planto flores no caminho para que não me faltem as

borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo

não é o fim. É o começo."

Day Anne



9 de set. de 2012

O Constante Diálogo



Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado

o semelhante

o diferente

o indiferente

o oposto

o adversário

o surdo-mudo

o possesso

o irracional

o vegetal

o mineral

o inominado

Diálogo consigo mesmo

com a noite

os astros

os mortos

as ideias

o sonho

o passado

o mais que futuro

Escolhe teu diálogo

e

tua melhor palavra

ou

teu melhor silêncio.

Mesmo no silêncio e com o silêncio

dialogamos.


Carlos Drummond de Andrade, in 'Discurso da Primavera'

16 comentários:

R. R. Barcellos disse...

E assim dialogam o poeta e a poesia...

Beijos.

Leonel disse...

Que belo par...
Poeta e blogueira, geniais, unidos através da malha insondável do tempo...
Bom domingo, Denise!

Denise disse...

...e outra vez o poeta manifesta sua encantadora presença...bjos, meu querido!

Denise disse...

Meu amigo Leonel...geniais, no plural, só mesmo por conta da tua generosidade, né?!...rs

Em recente passagem pelo Rio, esta foto era obrigatória, caminhei sob um sol danado por toda Copacabana até chegar nele...rsrs

Retribuo os votos de um ótimo domingo, abração!!

pensandoemfamilia disse...

Bela inspiração dialogante.
bjs

Denise disse...

Oi Norma, os diálogos sempre produzem resultados, eu acho importante manter essa prática...

Bjos

Cristina disse...

Que belo poema!!! E você está irradiando vida nessa foto com esse mar lindo como cenário!!! Que vc tenha uma ótima semana cheia de muita paz!!! Um grande abraço!!!

Regina Rozenbaum disse...

Ultimamente ando meio cansada desse diálogo solitário. Até parece que sei de cor os ecos...De qualquer maneira, adorei vê-la (lindona minha)garradinha com Carlos.
Beijuuss, irmiga, n.a.

Milene Lima disse...

Um dia vou me sentar com Drummond, prosear e tirar fotinha assim.

Meu silêncio grita, menina... Mas acho que ainda o prefiro do que certos barulhos que nada me dizem.

Beijinhos de inté já, galêga.

Maria Izabel Viegas disse...

Juro que já vi Drummond em boas companhias.
Mas confesso: com certeza, o poeta derreteu seu ferro de Itabira - sua cidade natal - essência que em versos diz ser feito- e tornou-se carne e osso... voltou dos céus ao te ver, encantado ao ouvir a tua voz-poesia, amiga querida!
Muitos beijos neste coração que gosto tanto!

Denise disse...

Pois é Cris, entre os perrengues e as obrigações, a gente precisa de momentos felizes, e este foi um deles, recentemente.

Tô me esforçando pra fazer desta semana dias melhores, obrigada, minha amiga tão querida!
Um beijo e o desejo igual pra vc!

Denise disse...

Cê viu que intimidade, Rê?...rsrs
Vc sabe irmiga, que todo diálogo interno nos põe em risco...a gente se machuca sem querer...repete e repete as mesmas coisas, e o cansaço é inevitável em algum ponto desse conversê...ando sentindo o mesmo...e procurando eco em algum lugar...eitaaaa....rsrs

Bjãozão, minha Rê!

Denise disse...

E não é, MI??

Eu acredito que o silêncio pode falar mais que palavras, estas, embaralham as emoções, afiam, desafiam, desafinam a alma da gente e a gente fica...sem palavras...misturando-as...ordenando-as...subordinadas a elas...quero, não!

Até logo ali...rs
Bjos, MI!

Denise disse...

Ah, Iza...rsrsrs...só você pra, no teu excesso, me deixar transbordando...mas de riso, viu???...rsrsrs

Que bom é te encontrar por aqui!
Bjos, minha querida!

Toninho disse...

Assim as palavras criam asas e fazem a revolução.Linda foto com o conterraneo.
Boa semana Denise.
Meu carinhoso abraço de paz e luz.

Denise disse...

Poesia sempre faz bem pra alma da gente, toca onde palavras vazias não chegam...

Uma ótima terça-feira pra ti!
Bjos