“Planto flores no caminho para que não me faltem as

borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo

não é o fim. É o começo."

Day Anne



10 de fev. de 2011

Toda demanda, é demanda de amor.

Toda demanda, é demanda de amor.

Toda relação, é uma relação de amor.

Desde pequenos ao sermos introduzidos no mundo da fala e dos outros somos inseridos em uma teia de relações amorosas sem fim que vão dando forma ao imenso tecido de nossas vidas, seus mistérios, suas alegrias, suas paixões e suas dores.

O inferno são os outros? Nossa vida são os outros?

Viver é viver o Outro, os outros, com os outros, para os outros, pelos outros, apesar dos outros.

Tudo transita na esfera do amor. Toda e qualquer relação que um ser humano estabelece na vida é uma relação que pode ser chamada de amorosa e que a psicanálise conceitua como “uma relação de transferência”. A transferência é algo que está sempre lá. Segundo a psicanálise, transferência é o modelo, a matriz de amor impressa um dia em nós, lá longe na primeira infância, por aqueles que primeiro nos amaram ou deixaram de amar, os nossos pais.

A partir desta matriz, que com o tempo vai ganhando contornos cada vez mais sobre determinados, e por isto nada simples, estabelecemos nossos amores: em forma de amizades, relações mais ou menos indiferentes, inimizades, paixões intensas, relações fraternas etc.
Com o tempo passamos a nos relacionar com um número cada vez maior de pessoas na vida e cada uma vai imprimindo um detalhe novo neste modelo, modificando–o em sua aparência, mas devemos ter a consciência de que a essência mater é sempre a mesma.
Saber de nossa matriz, conhecê–la a fundo, nos possibilita uma nova forma de estar com o outro, de entender os sentimentos que cada um nos instiga, de compreender que sentimentos o outro pode nutrir por nós, viver, e até mesmo antecipar relações.

Porque sempre me meto nessa roubada?

Porque sempre me coloco nesta situação?

Porque me apaixono por fulano?

Porque não suporto ciclano?

Porque fulano não gosta de mim?

Porque o outro, assim como nós, nos toca a alma ou não. O outro pode acender nossas paixões mais secretas e nos levar à loucura…

Temos que saber do que se trata. Temos que conhecer nossos meandros para não cair em situações complicadas. E se soubermos escutar o outro e sua demanda obscura e nesta demanda soubermos separar o que é nosso e o que não é e nos colocarmos como campo neutro, abre–se para nós um mundo cheio de possibilidades, que só trará ganhos para todos.


Autoria: Ana Clara Cenamo

2 comentários:

pensandoemfamilia disse...

Olá Denise

Obrigada pela visita e vamos através dos nossos espaços trazendo de forma simples e clara a importância ao autoconhecimento.
bjs

Denise disse...

Bom dia, Norma.

Compartilhar é um aprendizado tb, não é?
Vamos crescendo juntos, já que somos todos um...

Bjo e um fds maravilhoso pra vc!