Steve Hanks
Decididamente, o de vó, é um amor diferente!
Sempre ouvi dizer que era o mesmo que ser mãe duas vezes. Concordo, se o aspecto considerado for o da disponibilidade para as noites tomadas pelas trocas de falda, mamadas e pouco descanso. Mas até assim é diferente, porque depois que somos mãe, o sono fica diferente, e pra sempre! O que acontece, é que precisamos de menor número de horas de sono, diferente da jovem mamãe, que precisa repor as energias físicas abaladas pela exigência de sobrevivência do seu bebê. E indo além, os dias são feitos de intensas atividades, mas neles só cabe disposição com muito amor, disponibilidade e entrega.
O "compromisso" para suprir parte dessa necessidade do bebê, é todo envolto no amor transbordante no coração de avó. Mas estou querendo contar da mansidão que invade a gente quando, no silêncio das madrugadas, cantarolamos baixinho para ninar o sono da vida que embalamos, num misto de emoções desconhecidas até então. Tudo o mais não existe fora do quarto silencioso, que abriga a respiração compassada do corpinho que seguramos, cheias de um amor sem medida. E o que dizer quando os olhinhos ficam atentos à nossa "conversa particular" que pode ser no meio de uma multidão, e nada interfere naquela cumplicidade daqueles dois corações? é de derreter o gelo de um iceberg, tamanha a força desse sentimento - tão doce que em nada se parece com o "vulcão" que explode dentro da gente quando chegam!!
Esse amor profundo- e muito doce - também deve ter relação com o fato de não carregar o ônus do papel daquele que educa. Aliás, dizem que a nós, avós, cabe o papel de deseducá-los! Brincadeiras a parte, o bônus é poder amar sem medida mesmo, sem restrição, dando à casa da avó as características de espaço onde é permitido e ofertado tudo de bom que existe. A maior casa onde cabe tudo isso - e onde mora esse amor renovado - é o coração que abriga esse sentimento que completa a parcela "mãe" que nos faz avós. Este amor que conhecíamos, forte, decidido e amplo, vem pleno da autorização máxima de amar. O amor doce de avó vem temperado pela generosidade da doação total, retirando o excesso das obrigações, abrindo espaço para celebrar a delícia de...simplesmente, amar!
12 comentários:
Doce texto de uma avó babada.
Beijo.
rsrs...sou babona mesmo, Manuel!!
Esse tiquinho de gente toma a gente por inteiro, é uma experiência fantástica, que escrever é só uma tímida tentativa de anunciar essas emoções.
Beijos
Não acredito q vc com esta carinha de menina já é vovó??....mas criança é alegria mesmo!!!
Bjss e boa semana pra ti!!
*Achei linda a imagem*Ü*
Sou sim Teresa Cristina, e as fotos são recentes, viu?!...rsrs
estou amando esta experiência fantástica...a maternidade é perpétua mesmo, ela se multiplica...
Bjos e ótima semana pra vc tb!
* a sensibilidade do artista é fabulosa, concordo com vc...a precisão é tamanha que algumas telas parecem fotos...
Vem se transmutando
Originalmente vc e depois neles...
Vantagem de semente...
Os filhos... netos... te perpetuam !!!
É a vovó. Ramon
Pois é Ramon, olha a sincronicidade do que acabei de responder acima para a Teresa Cristina...
Obrigada, amigo, pelo carinho.
Bjo
Você é vó?
Ai deu saudade do amor da minha vó, realmente é bom demais, beijos.
Sou Edu, há pouco mais de um mês! E olha que demorou...rs
Nem imagina como é bom!!!!
Bjos
O amor de vó aquece a gente. Eu estou no outro lado agora, mas as minhas avós eram o máximo tb!! Meu neto vai poder contar muitas histórias sobre nós dois...rsrsrs
Bjos
Ai Denise, que delícia de texto!
Concordo plenamente com você amiga, só sendo avó para compreender o tanto de magia e encantamento que existe nessa relação!
Estou há dois anos e dois meses esperando a minha ficha cair, e parece que até hoje ela não caiu...rsrs
Quando estou com a minha neta, a vida, de repente, se colore toda, e brota em mim uma energia que eu não conhecia nem quando era bem mais nova e estava começando a minha família.
Dizem que neto é a sobremesa que Deus dá para a nossa vida, e eu concordo plenamente.
Todos que me conhecem, dizem que eu fui mãe coruja e sigo sendo avó coruja... Temos mais é que ser, não é amiga?
Um beijo grande prá você e tenha uma excelente semana.
Cid@
Interessante essa metáfora da sobremesa, Cida...realmente, vem depois do que parece ser a refeição principal - e é!! - mas adoça, complementa, recheia, completa, e é uma seqüência natural...o apetite voraz já foi preenchido pela maternidade, e a saciedade transforma o banquete, deixando-o menos ansioso...rs
Adorei tua observação...encaixa perfeitamente, como simbolismo.
Esta experiência trouxe colorido e sentido novo, abrindo caminho para todos os que virão somar esse afeto, que jamais será dividido, e sim multiplicado - mesmo que cada um tenha sua parte distinta.
Bjo de vó pra vó (a ficha tá caindo, deliciosamente devagar...)
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