“Planto flores no caminho para que não me faltem as

borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo

não é o fim. É o começo."

Day Anne



9 de mar. de 2010

Espiritualidade


“Quando um pêndulo atinge um extremo de sua oscilação, ela começa a oscilar na direção oposta. Até o presente, nós experimentamos o materialismo dentro de uma sociedade de consumo. Só que o pêndulo dessas ações está chegando ao seu máximo. Agora, o pêndulo tem que oscilar na outra direção. É por isso que as pessoas estão outra vez descobrindo a beleza da espiritualidade, a alegria da meditação e a necessidade de manter um relacionamento espiritual com o Supremo.”

Sister Jayanti


Sem proclamar nenhuma defesa apaixonada sobre o tema, esta mensagem mostra o caminho pelo qual as pessoas estão buscando seu equilíbrio. Já foi uma procura mais sutil, quase disfarçada. Atualmente, não é velada essa busca, as conversas são abertas, as discussões, intensas.

Me ocorre que talvez algumas máximas reveladas engano completo estejam acordando as mentes e trazendo à consciência fatos que precisam ser revistos. Ao perceber que não está fora de nós nada daquilo que buscamos, o incômodo de não ter a paz que falta, somado ao desejo de mudanças profundas nas raízes do cerne da vida, só poderiam levar-nos a um lugar: a buscar por isso, descobrindo onde estão armazenadas essas relíquias. O caminho se fez inconfundível, e ainda relutantes, nos abrimos às evidências expostas na mídia, na literatura que proliferou abundante sobre a espiritualidade, e nas conversas entre amigos que estão descobrindo as mesmas "verdades."

Assim se dá, na atualidade, a aproximação tímida com o tema, mas segue ganhando adeptos que resolveram sair da zona de conforto e entregar-se às novidades transformadoras.

E o que se transforma que transforma pessoas? As idéias mudam, diante da exposição maciça da quebra de dogmas e rigidez das mordaças que andamos usando nas últimas décadas. A necessidade absoluta do contato com sua essência levou o homem a mover-se para fora do casuísmo em que aprendeu a esconder-se. E teve assim transformada sua visão de mundo de uma forma mais ampla, e essas modificações mexeram nos pilares que sustentavam suas crenças, rompendo os critérios de construção de conceitos, de mundo, e de Si. E essas mudanças todas, processadas gradual, mas ininterruptamente, nos trouxeram ao ponto de agora, onde as transformações têm o aval das modificações "sofridas" pelo próprio planeta, e, ao sentir-se amparado por idéias novas que mostram caminhos que levam à instância mais profunda - nosso Eu - optamos por transgredir ao conhecido oferecendo ao novo a possibilidade de mostrar-se.

Mergulhados na essência, encontramos o ponto do equilíbrio perdido, e essas sensações venceram o ceticismo e fincaram pé na permanência da busca. Individualmente transformados, vamos sinalizando ao meio essas mudanças, que passam a ser absorvidas e geram mudanças que, inevitavelmente, irão "atingir" outras pessoas. É uma caminhada em conjunto, embora solitária, porque se processa no interior de cada um de nós. O despertar coletivo não sugere nada visível, mas indica, no mínimo, um momento de busca conjunta. Talvez não salvemos nenhum planeta, mas o movimento em massa pode ser tão poderoso quanto é prejudicial a cegueira coletiva.

Se esta mensagem recebida gerou esta reflexão, fico pensando...e se ampliássemos a visão acerca da existência, e cada um abrisse o canal de acesso ao Ser que lhe habita e passasse a ouvir-Se com mais complacência - diluindo o ego nas atitudes mais amorosas e emanando amor em forma de Luz - transmutando o que achava que sabia rendendo-se a esta nova visão, qual poderia ser o resultado final?

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