O meu mar - abandonado temporariamente em um lugar qualquer - é azul! Esquecido, ameaçou ver roubada sua cor, ter aprisionado seu som e negada sua beleza. Travava uma luta solitária para não escorrer pelo tempo nem mergulhar no exílio.
Este tom, do mais belo azul, foi manifesto mesclando as cores preferidas, lapidadas pelo pincel da vida quando aprendi a misturar de um jeito aconchegante a aquarela dos desencantos, tornando tudo azul.
Parece-me que descobri por inteiro, e só agora, o quanto o tom do meu mar me fascina. Bordei suas cores no meio das noites criativas. Apliquei luz onde a vida se movia. Corria o pincel na mesma velocidade em que encontro, neste instante, a recordação. Naquele momento de criação, o clarão da lua, o vai-e-vem do mar azul, era a vida que saía, faceira, na tela a passear...acho que fui buscá-la como último recurso de reter alguma nuance que se desprendeu neste agora, da tela de ontem, para ganhar morada eterna no coração que a criou. Ah!...este meu mar...para sempre azul!!
*Já devia ter aprendido a deixar o texto latente, tornando-se tangível...mas chego lá!...rs
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