É tão calma a noite, disse Moacyr.
Tudo tem suave encanto, afirmou.
E quando a noite vem,
no mundo não há mais ninguém.
Não concordo, nem discordo.
Quero pensar que vai além,
fazer outras ponderações...
De jeito suave, falar do amor.
Frágil é a vida, penso eu.
Ela mora no templo do corpo,
Desfaz os encantos dos sonhos
e cobra o desfecho, partindo de alguém.
Ah! meu pai, que provocou meu choro
por nos teus braços, enfim, comemorar.
Valsamos juntos, pra lá e pra cá,
no compasso de uma enorme emoção!
Nem tão frágil assim ela é,
Já que permitiu, entre tantas realizações
Ver-nos crescer e multiplicar,
Esperando a chegada da terceira geração.
Que na calma noite repouse o abrigo
da alma que veio para amar, silenciosamente.
Só não me conte a data da partida...
Ao sair, feche a porta, simplesmente.
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