“Planto flores no caminho para que não me faltem as

borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo

não é o fim. É o começo."

Day Anne



6 de fev. de 2011

Raiva




Quando sente compaixão, você não comete erros.

Você só pode cometer um erro quando se esquece que a outra pessoa está sofrendo. Temos a tendência de acreditar que só nós sofremos, e que a outra pessoa está feliz por nos fazer sofrer. Quando achamos isso, fazemos coisas más e cruéis para magoar o outro. A consciência de que a outra pessoa sofre muito, ajudará você a ouvir profundamente. A compaixão se torna possível e você consegue mantê-la viva enquanto escuta. Agindo assim, você será um excelente terapeuta para o outro.
Talvez a outra pessoa seja muito crítica e diga palavras de acusação, mostrando-se amarga. No entanto, como a compaixão está em você, essas atitudes não afetam tanto. O néctar da compaixão é maravilhoso. Se você se empenhar em mantê-lo vivo, estará garantindo sua proteção. O que a outra pessoa diz não desencadeará raiva e irritação em você, porque a compaixão é o verdadeiro antídoto da raiva. Somente a compaixão é capaz de curar a raiva. É por isso que a prática da compaixão é maravilhosa.
Só é possível existir compaixão quando a compreensão está presente. Compreensão de que? O entendimento de que a outra pessoa sofre e precisa da minha ajuda.
[...]
A raiva é uma coisa viva. Ela brota e precisa de tempo para abrandar. [...] Quando você dsliga um ventilador, ele continua a girar durante algum tempo antes de parar. A raiva também é assim. Não espere que a outra pessoa pare imediatamente de sentir raiva. Deixe que ela desapareça aos poucos, lentamente.
[...]
A paciência é a marca do verdadeiro amor. Se queremos amar, precisamos aprender a ser pacientes, tanto com os outros quanto com nós mesmos. A prática de abraçar a raiva requer tempo, mas, se você praticar durante apenas cinco minutos a respiração consciente , o andra consciente e abraçar sua raiva, poderá alcançar um resultado eficaz. Se cinco minutos não forem suficientes, leve dez. e se dez não bastarem, leve quinze. Leve o tempo que precisar.

[...]

Quando está chovendo, parece que não existe a luz do sol. Mas se ultrapassarmos as nuvens, veremos que a luz está sempre presente. Mesmo num momento de raiva ou desespero, nosso amor continua presente. Nossa capacidade de comunicação, de perdão, de sentir compaixão, ainda existe. Tenha certeza: somos mais do que a nossa raiva, mais do que o nosso sofrimento. Se você souber que tem dentro de si a capacidade de amar. compreender e sentir compaixão, não sentirá desespero quando chover. Você sabe que a chuva está presente, mas a luz do sol continua existindo em algum lugar e, quando a chuva parar, o sol voltará a brilhar. Se nos momentos de raiva você conseguir lembrar que os sentimentos positivos continuam dentro de você e da outra pessoa, saberá que é possível abrir caminho para eles, de modo que o que há de melhor em vocês volte a se manifestar.

Extraído do livro "Aprendendo a lidar com a raiva"
Thich Nhat Hanh

*Grifos do autor

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12 comentários:

Penélope disse...

Denise, precisava ouvir estas palavras, ou melhor, ler, e deixar abrandar o coração.
O dia hoje não foi de raivas, mas foi difícil.
Beijinhos, amiga

Denise disse...

Que bom Malu, ter contribuído com vc. Eu senti "necessidade" de postar - é um livro que me foi deixado em empréstimo, mas me apressei pq não sabia que ficaria comigo...veja como são as coisas...

Um beijo, querida!

Regina Coeli disse...

Olá minha Doce Amiga,
Estou em falta com você!!!
Mas sei que vai compreender e me perdoar...
Até o final do mês estou de mudança para ARAXÁ- MG e a agitação é total, considerando as inúmeras providências a serem tomadas, que ficaram sob a minha responsabilidade.
Vou eu, a Irmã afilada e o Tobby...
Araxá fica a 7000km de onde resido...
Tenho ficado pouco tempo na NET e gosto de prepara meus post e fazer minhas visitas com calma e carinho, dai minha ausência no TECENDO IDEIAS.
Hoje deu para deliciar e aprender com seus POST sempre muito ricos.
Agradeço por compartilhar conosco seu saber!!!
Carinhosamente,
Regina Coeli

Denise disse...

Imagina perdoar, Regina...sei que está numa fase de transição e, se sinto tua falta, sei bem que é por esta razão. E busco um cheirinho lá no teu cantinho, mato a saudade, despreocupe-se!

O saber é construído - e por muitas mãos - neste espaço tão rico da blogosfera...estou engatinhando, mas adoro compartilhar!
É sempre uma festa te receber aqui!! Desejo que logo esteja acomodada e com tempo pra aparecer com calma (sou como vc, igualinha...rs)

Um bjo e um abraço cheinho de carinho!!

ValeriaC disse...

Maravilhoso este livro querida...realmente pontos cruciais a serem aprendidos para que vivamos mais em harmonia e em paz.
Minha amiga, tenha uma semana maravilhosa...beijinhos
Valéria

Regina Rozenbaum disse...

Sabe Dê, já fui mais "raivosa", bem maiiisss rsrs hoje sinto uma certa estranheza diante da ausência das minhas crises de raiva...de alguma maneira ela (a raiva) mantinha um certo combustível... se é a compaixão não sei...mas é um dexapralá, num vale a pena se desgastar por tão pouco que anda aceso. Não sei se é bom ou mau, só sinto que faz parte desse "amadurecimento".
Beijuuss, lindona, n.c.

Denise disse...

Oi Valéria, que alegria te ver aqui, querida!

Esse livro foi resgatado num sebo, numa tarde chuvosa...a leitura é fascinante, pq simples, realista e sem preâmbulos...mas dói, viu...rsrs

Um grande bjo, ótima semana, doce amiga.

Denise disse...

Rê, eu acho que tudo aquilo que nos movimenta pra proteção, é até instintivo - mas a raiva, alimentada ainda, serve pra quê? me pergunto...
Eu acho que depois de um entendimento que a tal maturidade trás, a gente dexapralá meeeesmo, mas sabe, esse livro trata a raiva como nociva - e sua extinção, como "cura"...a tal evolução pede compaixão, uma releitura dos significados que damos às coisas, e, principalmente, evidencia o prejuízo que sofremos mantendo comportamentos indesejados (que causam/provocam resultados que não acrescentam nada à gente...nessa linha...)

Que a sabedoria adquirida não nos abandone, né irmiga??
Bjãozão!

Unknown disse...

" Estar com raiva é vingar-se das falhas dos outros em nós mesmos ."

Beijos meus.

Denise disse...

A raiva NOS consome, NOS faz mal, NOS atrapalha...é fato, Manuel, e que muitas vezes (senão a maioria)atribuímos aos outros.

Bjo pra vc tb, querido!

Unknown disse...

A compaixão nunca foi um "forte" em mim. Foi preciso "perder" muito para poder analisar o que de errado estaria na minha falta de compaixão e nas exarcebação de problemas e conflitos, a maioria deles por mim criados e atiçados.
Ficava demoníaco!
Hoje, talvez tenha mais compaixão, não atiço tantos fogos, estou muito mais amorfo, apático, mais conciliatório.
Talvez ilusoriamente!
Talvez por querer simplesmente afastar-me de "problemas".
Hoje, para mim, está sempre tudo bem!

Denise disse...

Que bom que pra vc, hj, tudo está bem, Joe. Amadurecer, envelhecer, cobra da gente posturas diferentes.
Quanto ao "restante" exposto por vc, daria uma boa crônica meu comentário...rs