“Planto flores no caminho para que não me faltem as

borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo

não é o fim. É o começo."

Day Anne



11 de jan. de 2011

Escrever...ou não.


Relendo alguns escritos meus mais antigos - outros, nem tanto - percebi que tem épocas em que fluem tantas emoções e sentimentos tão fortes, vivos, quase brilhantes, que me empurram para o teclado. Entretanto, muitas vezes me sinto sem ter o que dizer de novo, como se estivesse vazia de emoções.
Me ocorre a palavra melancolia para nominar esse tempo estéril, como se uma algema me mantivesse presa - ou sem rumo. Mas sabe, acho que não é isso não, talvez seja apenas um intervalo entre uma e outra nova emoção, que, quando vier, dará vida às letras - e a si mesma!
Enquanto repouso nesse tempo-sem-nome, elaboro muitas avaliações, internalizando-as. Ou talvez seja tomada de assalto por alguma urgência de me expressar, e te surpreenda!

Enquanto escrevia este post, chegou um e-mail de um amigo (generoso), que me fez pensar em sincronicidade - de assunto. Me disse ele, que algumas coisas que escrevo ele tem usado, transcrevendo para alguém da sua família, e que está em processo de separação de seu companheiro, como "uma forma de conforto a até mesmo uma nova perspectiva de como encarar uma situação."
Compartilho com vocês o teor do e-mail, porque me deixou feliz saber que, de alguma forma, contribuo além das paredes do consultório, e não por vaidade. Inclusive, acho que a resposta vai surpreendê-lo.
"Quando leio tuas palavras, até me confundo se estou realmente lendo um email de alguém conhecido, ou estou lendo um trecho de qlgum livro de Martha Medeiros, ou algum escritos da área de relacionamentos.
Estou te escrevendo isso, porque te vejo com experiência e conhecimento, além de ser uma Practitioner, e com plenas condições de pesquisar e estudar mais nesta área de relacionamentos, e talvez até mesmo preparar algum material literário e publicar. Acredito que vc tem grandes possibilidades de obter sucesso, além de poder ajudar algumas pessoas que tenham experiências semelhantes....
Eu compraria um livro teu..."

Imagina a comparação que esse amigo gaúcho faz, com a Martha Medeiros...mesmo não sendo a primeira vez que acontece, acho que ela, competente e maravilhosa escritora, não merece esse exagero de alguns amigos.

Bom, quanto ao livro, se ele tiver um pouquinho mais de paciência, poderá realizar esse seu desejo, porque o livro, especificamente sobre relacionamentos, separação e suas implicações - emocionais e jurídicas - está sendo escrito a quatro mãos, como já comentei aqui, com um amigo advogado. Só posso ficar grata e feliz com esse estimulo, concordam? E confesso que encerro este texto mais animada do que comecei!!


4 comentários:

Unknown disse...

Os seus textos são sempre lindos ,não gosto de fazer comparações mas no seu caso vou arricar:
Você é igualzinha a você,nunca desista de ser quem é pois você é simplemente maravilhosa.

Beijinhos meus.

Regina Rozenbaum disse...

Quem sabe não é "o afeto que não engana"...acabei de redigir algo... esse mal-estar que não se consegue determinar...exigência que nosso funcionamento psíquico impõe de localizar aquilo com o qual temos que nos haver... (sai na 5ª, viu?)
Quanto a comparação que o amigo fez, pelo que vc escreveu, não vou poder dizer nada...já que qualificou como exagero de amigos (categoria que me incluo), mas estar na fila do autógrafo diga a ele que faremos dupla.
Beijuuss minha irmigamada n.c.

Denise disse...

N
o
o
o
o
o
s
s
a
, Manuel, amado!!!

Vc já ouviu a nossa Rê falar da Síndrome T.M.A. né???

Pois assim vc me faz ter uma crise...rsrsrs

Brincadeiras à parte, sei que teu comentário é genuíno -SUPER generoso, é verdade - mas absolutamente franco. Só posso te agradecer e... agradecer!!!
Um enorme beijo, com meu afeto, gratidão e carinho - meu exagerado amigo; ou um exagero de querido esse meu amigo!!

Denise disse...

Ó a outra exagerada, Rê(amigamada)...rs

Eu gosto muito de escrever, e não escondo isso, mas acho que acabamos desenvolvendo um jeito particular (ou singular?) de expressão. Talvez a influência da leitura defina algum modo de escrita, desenvolvendo um estilo próprio cuja forma sugere semelhança - mas acho que nosso querido Manuel levantou uma questão importante: quem escreve, tem seu jeito de ser. E eu gosto de ser igualzinha a mim, sem nenhuma desconsideração ao meu amigo ou à fantástica M.M., claro.

E falando sério, irmiga, quando for hora, vou contar com tua presença sim, e dos amigos que quiserem prestigiar esta aprendiz!
Um bjãzão, bem grande como tu!!