“Planto flores no caminho para que não me faltem as

borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo

não é o fim. É o começo."

Day Anne



24 de jul. de 2010

A tigela de madeira


Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa.
Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa.
O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. - "Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai", disse o filho. - "Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão."
Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão. O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio.
Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:
- "O que você está fazendo?"
O menino respondeu docemente:
- "Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer" O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho.
Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito.
Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família. Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.

Extraído da net, de autoria desconhecida. Fica mais essa lição pra gente pensar...

4 comentários:

Ivana disse...

Dê,

O pré-conceito e outros rótulos adquirimos com a família pela maneira como somos educados, como o exemplo da criança desse texto. Mas que bom que essa história teve um final feliz. Beijos minha amiga querida.

Denise disse...

Algumas coisas a gente vê e "rejeita", né Ivana? como o menininho, que mais do que aprender, deu a lição.

Beijos, querida!

Isa Martins disse...

Nossa, ainda fico chocada com certas coisam mas isso é mais normal do que a gente pensa.
Que bom que as crianças ás vezes enxergam áquilo que adultos inconsequentes ainda teimam em não enxergar.
Beijos pra você amiga!

Denise disse...

Bom dia, Isa.

A gente fica sim, indignado com coisas que vê, que não faríamos igual ou não entendemos os pqs...
Que preciosa lição o filho aprendeu, não é?

Beijos e ótimo domingo pra vc!