“Planto flores no caminho para que não me faltem as

borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo

não é o fim. É o começo."

Day Anne



15 de jan. de 2010

Alma gêmea


Viajando no tempo, espaços e dimensões,

venho de lugares e de tempos longínquos.

No agora deste momento tridimensional terreno,

deparo-me com alguém singular,

que veio igualmente

de outros tantos caminhos existenciais

e com inúmeras metas espirituais a cumprir,

tais como as minhas programações dimensionais.

Fixando-me em seu olhar,

vislumbro sintonias do coração

e uma ligação ímpar entre nós dois,

nascida há inúmeras vidas

e guardada de modo exclusivo em nossos corações,

como uma senha,

para um dia nos religar pelo amor.

Temos, perceptivelmente, os mesmos ritmos de viver

e de cumprir os nossos compromissos

e idêntica capacidade de ser humano e de amar.

Sei que a sua energia

é a mesma que circunda o meu campo áurico.

As nossas infindáveis viagens pelas vidas

parecem, enfim, totalmente lógicas

de explícitos e concretos sentidos,

porque todos os caminhos foram traçados

para nos conduzirem ao inevitável reencontro

neste exato instante terreno.

O meu coração me diz,

que faria novamente todo o caminhar existencial

ao longo dos renascimentos,

quantas vezes fossem necessárias,

se, ao final,

em determinado momento da eterna existência,

pudesse eu ver os seus olhos,

tocar a sua energia

e sentir que as nossas energias

tornam-se uníssonas em total simetria.

Essa união em unicidade energética e de coração

por si só já é a mais bela

e completa declaração de amor,

preenchendo-nos de plena

e translúcida razão de existir

e de como amar e ser amado de forma perfeita

pelos séculos afora,

como fora desde sempre.


Moacir Sader

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