"O que a gente teve não perde. As lembranças estão dentro da nossa memória. Quando uma tragédia assim acontece, o que se perde é o prosseguimento, é o futuro. E o futuro é virtual, uma expectativa de algo que damos como certo, mas não é. Não se perde o passado. Isso pode parecer meramente racional e é, porque a emoção não se traduz. Não se perde alguém que existiu. O que se perde é uma expectativa. Isso não é consolo, mas pode ajudar a retomar a vida. Pensar não no que perdi, mas no que tive o privilégio de viver. O passado precisa ser uma referência para a gente se nutrir. E não para se lamentar. Há várias formas de conviver com a saudade."
♥ Recorte da coluna de Ruth de Aquino, da revista Época, da autoria do psicanalista Luiz Alberto Py. Era mensagem de consolo dirigida aos familiares dos mortos no acidente aéreo, mas consolo é consolo em qualquer circunstância...ou não?
13 de jun. de 2009
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