O vôo bonito do amor, nunca é solitário...mas pode-se amar bonito, sim, solitariamente. Talvez com o tempo, em algumas circunstâncias, aconteça assim...
O amor, em mim, em ti, se legitima pela existência pura e simples. Não carece de mais nada para existir do que ele próprio. E a grandeza está na terna permanência (que me pertence e preenche) que nenhum conjunto de palavras elaboradas consegue exprimir com fidelidade. Por isso mesmo escolho simplesmente...sentir. E preservar.
Até já houve quem dissesse que "vale mais a pena calar o sentimento, do que manifestar amor a quem não pode compreender" - (E. A.) - eu intuo que quisesse expressar não alguma indignação, mas a consciência que vem da paz que invade um coração que ama, aceitando que há situações em que não há ressonância de pensamento ou percepção, porém, a ausência de receptividade não elimina sua existência. Talvez até fortaleça esse amor.
Presumo que o amor, que não se modifica, pode mudar o traje que usa para passear, mas conserva intacta a sua essência. Esta é a beleza das palavras que tentam defini-lo...muito embora nenhuma até hoje tenha tido suficiência para descrevê-lo. Nem o meu, nem o teu.
Ouso, entretanto, poetar que, ser amado é ganhar refúgio na alma de outra pessoa. E amar, é hospedar essa outra alma. Algumas fazem morada...eterna.
♥ Denise
Nenhum comentário:
Postar um comentário