Nesta data, no ano passado, eu tinha um neto nascido e um sendo gerado. Dois meninos.
Hoje comemoro o Dia dos Avós com três meninos lindos, o mais novo com menos de dois meses.
Ser avó é uma coisa difícil de descrever, é uma forma diferente de amar, um jeito novo de dar amor para quem é extensão da gente - um pedacinho de nós que consegue fazer transbordar o bem querer.
Eu tenho vivido meu "vovozado" de um jeito intenso, participando ativamente dos cuidados primeiros com meus meninos queridos. Os primeiros dias de vida dos três foram as minhas noites de sono picado, vigilância diuturna que me encheu de uma alegria que não sei contar. O primeiro banho tive a honra de dar nos três, pude observar seus corpinhos se modificando, ganhando peso, seus rostos mudando a feição de recém nascido. Aprendi a reconhecer no choro o que incomodava cada um. Os olhos vivos prendiam os meus em momentos inesquecíveis de uma conversa só nossa, fruto de uma cumplicidade que existe entre avós e netos - e que nos uniu pra todo sempre, tenho certeza!
Todos os dias alguma novidade deles me preenche de orgulho, alegria, fascinação. Não conviver com todos mais de perto é a única tristeza que sinto, mas isso ensina a fazer dos encontros os momentos perfeitos de puro amor, fazendo de cada gesto uma lembrança, de cada bagunça muita alegria, de todos os dias compartilhados um presente inesquecível.
Não é segredo a minha paixão desmedida por esses meninos, quem me conhece sabe. Eu sou avó de crianças pequenas, uma avó que está construindo essa história recheando com atitudes e demonstrações fortes de afeto, sem me furtar a cuidar do bem estar deles, respeitando os limites que os pais estabelecem, mas sem roubar de nossos momentos a doçura das avós. A paciência hoje é redobrada, a capacidade de doação parece que aumenta, milagrosamente - e olhem que como mãe eu não me economizei!!... rsrs
A gente segue modelos, aprende com o que vê. Minha mãe e minha sogra são minha referência mais forte, além das que minhas avós deixaram com muita vivacidade impressas na minha memória. Foram elas que me ensinaram a ser avó. Foi observando as suas sempre bem dispostas atenções que fui percebendo que ali existia um sentimento de amor que eu não conhecera, ainda. O incansável jeitinho de atender aos pedidos dos netos, a incapacidade de negar o que fosse, e a desmedida e muitas vezes silenciosa forma de dar amor, tivessem a idade que fosse - eles cresciam e elas se tornavam a fonte de ternura que nem sempre as mães conseguem manter. Meus filhos cresceram, são adultos, e adoram seus avós. Os paternos já partiram, mas deixaram seu legado de exemplo e experiências que eles não esquecerão jamais. Quando vejo meus filhos corujando os avós, se derretendo em carinho e chamego, me ponho a pensar se terei a mesma felicidade quando os anos avançarem. Cuido para que estejamos escrevendo uma história em que nossos vínculos fortes sustentem o tempo de caminhada - como meus pais fizeram, hoje bisavós, colhendo os frutos desse amor incomparável!!
A Norma, minha amiga do Pensando em Família propôs a blogagem "Vovozar" para celebrar os quatro anos de seu Blog. Pra mim foi gostoso participar porque adoro o tema, mas isso pra ninguém é novidade, né?...rs