“Planto flores no caminho para que não me faltem as

borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo

não é o fim. É o começo."

Day Anne



27 de jan. de 2008

Ciúme

Seria o chicote do amor, que verte em dor escarlate a agonia que cresce no peito e explode nos pensamentos sombrios?

Sentir ciúme é desejar seqüestrar para si o que foi sentido, dito, escrito e dado para outro alguém. É querer reter o sabor de um beijo que não lhe pertenceu; deter o calor de um corpo que por si não se abrasou; despertar o amor descrito com as palavras que somente a alma conhece.

Sentir ciúme é latejar de dor por um nome pronunciado, um afeto relembrado, um amor loucamente sentido, um romance tão lindamente vivido...e não era você a protagonista do enredo. Quando muito, parte de um episódio corriqueiro que não passou de lampejo de um futuro risonho.

Amar desmedidamente pode ser porta aberta que permite a entrada de demônios que orquestram e dançam a destruição dos sonhos mais caros e profundos que possa ser possível acalentar no seio da uma alma romântica.

- Como seria o equilibrar de um amor com medida perfeita que não permitisse o abalar dessa estrutura humanamente...humana?! Não tenho a resposta, embora intua que bom é não se deixar seduzir por este monstro de belos olhos, que nos engole e se apodera sem demora e piedade da melhor energia, deitando por terra os mais lindos propósitos da felicidade conquistar.

O ciúme não é, definitivamente, o mais nobre dos sentimentos. Ele é sorrateiro e nos lança vertiginosamente no precipício mortífero ou nos arrasta ao calabouço da destrutiva inquietude.

♥ Denise

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